sábado, 21 de março de 2009

RETORNO


Ela voltou pensando em reconciliação.
Afinal, havia ficado um naco de paixão que ela não conseguia abandonar,
como pão amanhecido que, se jogado fora, ofenderia a Deus.
Olhou em volta o que pode ver e fez perguntas:
- Não havia aqui uns bois?
- Ele bebeu...
- E casa e cavalos?
- Ele bebeu...
- Cães e galinhas?
Ele bebeu...
Fazenda e plantações?
- Ele bebeu...
Ao som dos Noturnos de Frédéric Chopin ele dormia...
A cabeça pousava sobre o último monte de bosta seca
da fazenda que um dia fora fruto de seus amores.

3 Comentários:

Às 22 de março de 2009 às 15:11 , Anonymous Anônimo disse...

Alfredo !
Não sei por que mas tenho a sensação de que há cachaça nos textos.Com este me embriaguei. Fenomenal!
Um "upa" bem forte!

 
Às 22 de março de 2009 às 19:19 , Anonymous Anônimo disse...

Obrigado Nel... há muita cachaça na realidade dessa história... poucos conhecem mas muitos podem admirar...

 
Às 22 de março de 2009 às 19:45 , Anonymous Anônimo disse...

Percebe-se...Vivamos sem a cachaça... Não precisa de fazenda, de boi , de cavalos...Mas o amor,este é vital.

 

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