RETORNO

Ela voltou pensando em reconciliação.
Afinal, havia ficado um naco de paixão que ela não conseguia abandonar,
como pão amanhecido que, se jogado fora, ofenderia a Deus.
Olhou em volta o que pode ver e fez perguntas:
- Não havia aqui uns bois?
- Ele bebeu...
- E casa e cavalos?
- Ele bebeu...
- Cães e galinhas?
Ele bebeu...
Fazenda e plantações?
- Ele bebeu...
Ao som dos Noturnos de Frédéric Chopin ele dormia...
A cabeça pousava sobre o último monte de bosta seca
da fazenda que um dia fora fruto de seus amores.
3 Comentários:
Alfredo !
Não sei por que mas tenho a sensação de que há cachaça nos textos.Com este me embriaguei. Fenomenal!
Um "upa" bem forte!
Obrigado Nel... há muita cachaça na realidade dessa história... poucos conhecem mas muitos podem admirar...
Percebe-se...Vivamos sem a cachaça... Não precisa de fazenda, de boi , de cavalos...Mas o amor,este é vital.
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