sexta-feira, 26 de setembro de 2008

À procura da autenticidade


Sou esquecido...
Esperei a saudade para sentir amor
Nas vozes a lembrar a turba
Relembrei a solidão.
Sorri um dia para lembra o choro
E chorei para recordar a lágrima.
Senti silêncio para gostar da música.
Sou esquecido...
Esqueço o sonho sobre as montanhas altas.
Esqueço os mares.
Esqueço os versos.
Não percebo.
Esqueço eu mesmo ao me julgar maluco
Ou a ver teorias que esqueço o nome.
Na fria amante eu implorei ternura
Eu regredia e encontrava Nívea:
Feiticeira em fogo. Um canhão bramindo.
Esqueço agora o tema da poesia
Me alienei de hoje para sentir-me ontem.
Sou esquecido.
Olhando o pobre não vejo a fome
Andando - Bobo - Eu não sinto a massa.
Matei um corpo sem pensar na carne:
Esqueci.
Sou esquecido...
E parti heróico e voltei covarde:
Não lembrei de como vencer a mim mesmo.
Esperei a noite neste sol nascente
Esperei nascer e já estava vivo.
E moribundo procuro onde achar um encontro
Onde só haja eu e não exista o mundo
Moribundo espero o chegar da morte
(sou esquecido).
Pra lembrar a vida.

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1 Comentários:

Às 24 de outubro de 2008 às 01:07 , Anonymous Anônimo disse...

Profundo,intrigante...No paradoxo está a beleza... Que fique bem lembrada a última palavra "Vida"

 

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