sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Encontro ao saber-se vago


É luz, tê-la para ser cego
Amar é sentir
E viver sem um sentido...
É sem som o amor
E amar a luz de ser-se mudo
É amar o amor de ser-se vivo.

Mudo é o pedido
É a clama de bradar só puro
Chama de pedir-se tudo
Tudo que se grita em vida.

Nada que se peça - Negas
Dá-me então o ar da vida.

Pouco só que falo - Mudo
Nada que te vejo - Cego
Ouço-te. Sou surdo e sinto
Sonho de acordar aflito

Encontro-me fugindo à morte
Tudo que se diz é dela.

Encontro então nos ares cheios
Tanto quanto os mares sós
Aflito um alguém que chega
Sou eu... A negar eu mesmo...
Sou tudo... A não dar-me nada.

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1 Comentários:

Às 19 de outubro de 2008 às 10:56 , Anonymous Anônimo disse...

F.
Acho que não tinha lido com atenção esta poesia.
Agora ela me pegou.
Bonita.
T.

 

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