PAVANE

Pavana (Dicionário Aurélio)
[Do it. pavana, poss. pelo esp. pavana.]
Substantivo feminino.
1.No começo do séc. XVI, dança de corte, provavelmente de origem italiana, em
compasso binário ou quaternário, andamento lento e majestoso:
2.Depois de 1600, peça instrumental, com as características dessa dança, e ger.
seguida pela galharda.
Tocar a pavana. 1. Espancar, zurzir.
Você precisou chegar para eu entender o que é saudade...
Não a saudade comum, que não arde, que não frita os miolos, que não emagrece...
Não a saudade que todos têm, que cantam nas músicas, que falam nas ruas, que recitam em poemas....
As saudades simples e plurais não são iguais à saudade que você me ensinou agora
É uma outra saudade. Latente, impertinente, efervescente...
Muito diferente daquela saudade que dizemos que só existe na língua portuguesa e tentamos explicar para estrangeiros
Essa saudade que não se explica e não se entende se não se tratar de gente da terra
Essa saudade ninguém entende, ninguém saboreia, não está dando sopa
Não bate em peito de alienígena, não está à disposição do mundo
É reserva do dono da terra.
Para entendê-la precisa ouvir Jobim, conhecer Drummond e ser fã de Paulo Autran.
Não é biscoito de supermercado, não é jornal de banca de rua, bilhete de loteria...
A saudade que você me ensinou é forte, tem bala, é de matar...
Não é coisa de principiante, muito menos de amador, estagiário ou primitivo
Sua saudade é para profissional, para seniores muito escolados
Os que não visitaram o inferno, os que não apagaram a luz do céu, os que chegaram tarde à festa
Esses não se atrevam, não vão aprender a saudade que você me trouxe
Saudade assim, minha filha, só bate no peito uma vez, chega, senta e pede café, bolo, banana, chá de hortelã
Saudade assim assina a nota, não paga a conta, não vai embora
Nunca mais...
Saudade assim só dá em pai... É uma Pavane perfeita.
Jaraguá do Sul, 30 de Setembro de 2.009
Ouçam as Pavanes abaixo:
A de Maurice Ravel (1.875/1.937), Pavane pour une infante défunte, mais conhecida, é com Seiji Osawa conduzindo a Boston Symphony Orchestra.
A de Gabriel Fauré (1.845/1.924) é com Harpa e Flauta - Duo Harpeggione.
O Canto Gregoriano, musica produzida pelo Fr. G.M. Sveboda é com o Winnipeg Diocesan Choir & Choir 2000.
6 Comentários:
Tudo perfeito!!!
Beijosss...
Obrigado De... gosto de suas visitas... venha sempre.
Fredinho Burghi,
Quando se escreve com sentimento, tudo muda de figura. Procure seus sentimentos e escreva no momento em que aflorarem. Nessa hora a sua caneta consegue manifestar-se de maneira muito mais bonita e leve.
Beijo,
Tita
Obrigado Titinha,
Nada como ter comentários da mestre... Beijo.
Pai, adorei o que você escreveu no seu blog para mim! Fiquei muito emocionada, até chorei de alegria.
Você é:
Super pai
Super herói
Maravilhoso e tudo de bom
Eu sempre vou te amar, te adoro, sua filha, Ana Carolina beijos
Após uns 90 dias de falecimento de meu pai, ele veio ter comigo, em meu sonho, porém, aquilo que chamo de " sonho que não é sonho", na realidade uma visita do astral...naquele dia senti algo inusitado, o amor no sentido verdadeiro da palavra, tão puro, tão intenso, forte e ao mesmo tempo suave...não é coisa que se sente na terra...e não haviam palavras verbais nem escritas, a comunicação se deu telepaticamente...e esse foi o amor que MEU PAI me permitiu sentir e de lá, daquele lindo lugar onde hoje ele habita, ainda vela por mim...
Portanto, permita-se demais viver esse imenso amor pela sua filhinha, mas não se engane, porque ele vai melhorar muito...nunca fui expert com as palavras, mas consigo perceber um pouquinho do que vai no seu coração. Parabéns...não pelas palavras e expressões, mas pelo amor que existe entre voces que é imensamente mais importante!!!
Com carinho...
Rubia
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